terça-feira, 30 de outubro de 2012

"OS ORDENADOS DAS ESTRELAS NÃO CAÍRAM DO CÉU"



As loucuras e a demagogia com os ordenados, segundo Pedro Norton à revista Noticias TV...

Deixe-me voltar um bocadinho atrás. Há pouco dizia-me que era extemporâneo falar de eventuais despedimentos até porque não se sabe nada, ainda, sobre o futuro da RTP. E em relação à redução da massa salarial também é extemporâneo? Também. Neste momento, o ponto em que estamos, como lhe disse, é na definição das grandes linhas de orçamento para o próximo ano. É um processo normal em todas as empresas. Estamos a trabalhar com cenários alternativos. Com a informação de que agora dispomos, é extemporâneo.



Portanto, não pode garantir que não haja despedimentos nem redução de salários no grupo Impresa? Não posso garantir uma coisa dessas nem o seu contrário.

Mas sente que esta discussão, naturalmente impopular, sobre os ordenados dos profissionais de televisão tem utilidade? É possível continuar a pagar na televisão ordenados de 40, 30 ou 20 mil euros por mês? O tempo não está, evidentemente, para loucuras, mas também não se deve ter uma conversa demagógica sobre o tema.

Isso significa o quê? Significa isso mesmo. O tempo não está para loucuras, mas os ordenados das ditas estrelas também não caíram do céu, caíram de uma lógica de mercado a funcionar. É natural que a pressão que existe hoje sobre esses custos seja completamente diferente. Não estou a ver que exista atualmente uma capacidade de inflacionamento desse tipo de valores, mas não me parece salutar para o mercado estarmos a identificar casos pontuais na SIC, na RTP ou na TVI.

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